sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Diana!!

Não vou tecer grandes comentário sobre a princesa Diana. Porque não estou à altura de tantas e tantas reportagens que neste dia enchem os jornais, as TVs e as revistas. Diana morreu faz hoje 10 anos. Morreu de acidente, dizem. Outros, que foi vítima de uma conspiração. Outros ainda, que foi por culpa dos paparazzis que a perseguiam por todo o lado, matando assim a galinha dos ovos de oiro!!
São mistérios que a história quer encobrir, pode ser que um dia, longe no tempo, alguém venha a descobrir qual a causa desta morte. Crimes quase perfeitos!
Para mim, Diana era uma mulher lindíssima, olhava a objectiva como ninguém, era fotogénica e brincava com as câmaras. Nunca era apanhada desprevenida.
Era mãe amiga e mulher atenta aos problemas do mundo. Marcou a diferença.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Calor de Agosto II


Enquanto metade da população daquela Aldeia perdida no Baixo Alentejo, aproveitava o fresco das casas, as ceifeiras permaneciam no campo de sol a sol, ao calor tórrido dos meses de Verão e ao frio intenso que ataca o Alentejo nos meses de Inverno!
Cobriam-se dos pés à cabeça na tentativa de se protegerem daquele calor infernal. Os lenços na cabeça deixavam ver uns olhos negros da cor da melancolia. Rostos curtidos pelo sol. Mãos calejadas do amanho da terra.
Muitas levavam os filhos pequeninos, porque os tinham de amamentar. Parcos salários para tão grandes trabalhos. A esperança de Abril alimentava-lhes a alma. Sonhos de um amanhã sempre adiado e renovado a cada amanhecer.
E cantavam modas! Em tom dolente. Um cantar triste, que lhes aquecia os corações e fazia enganar a fome e esquecer a miséria.
As suas bonitas vozes elevavam-se em melodias que enchiam de cor os campos do Alentejo.

Alentejo, debruado a Arraiolos


Na dourada planície alentejana

Onde o sol penetra e em tudo teima

A falta de água mísera e insana

Quebra a vontade abate e queima


Nessa imensa e dourada pradaria

O vento de suão seca a cortiça

Leva consigo, numa lenta agonia,

O suor, a que chamam de preguiça.


Mas o Alentejo é belo e majestoso

Quem o ama chama-lhe de formoso

Quem parte volta, nunca diz adeus


Por isso há sempre vozes em coro

Canto alentejano em vez de choro

A alma alentejana tem força de Deus


19-04-2005

Rogério Martins Simões

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O calor de Agosto!

Quando eu era pequenina, gostava de andar descalça. A minha mãe, com a sua sabedoria avisava para o não fazer por causa de todos os perigos e mais alguns. Mas eu mal a via distraída tirava as sandálias e as "soquettes" brancas como se usava na altura. Colocava os pés no chão fresco de pedra. Que alívio!! O silêncio, a calma e eu ali descalça! O prazer que estas pequenas coisas nos davam! Menina travessa. A calma dos dias quentes!
Depois corria pelo quintal sob um sol abrasador. Saltava de pedra em pedra para não queimar os pés. Era Agosto! Os termómetros passavam dos 40º! A calçada queimava. As ruas da aldeia estavam desertas nas hora
de maior calor. O casario mantinha as portas e as janelas fechadas para conservar o fresco dentro das suas paredes caídas de branco. A aldeia parecia como que adormecido.
E eu ali descalça a receber o fresco do chão de pedra da minha casa.
Um dia, em que mais uma vez eu desobedeci e voltei a praticar aquele pecado, pisei uma abelha e ali ficou ela depois de me ter “oferecido” o ferrão, debaixo do meu pé! Ela quieta, aprisionada. Eu calada, ninguém podia saber! Não levantando o pé, silenciava a dor e escondia o orgulho ferido. Como confessar que a minha mãe tinha razão?? Ela podia ter dito quais eram os perigos, pensava eu, magoada. Não aguentado a dor do pé (ou da alma?) gritei em plenos pulmões, despertando da letargia própria de quem vive e convive com o Verão do Alentejo, naquela hora de maior canícula. O gato acordou e espreguiçando-se, mirou-me sem me reconhecer. O cão ladrou. Até as galinhas esvoaçaram apavoradas no galinheiro e o galo cantou fora de horas. Os pássaros levantaram voo, os homens que espreguiçavam na taberna mesmo ao lado da minha casa, calaram-se, estranhando que alguém tivesse a coragem de perturbar aquela placitude. As lágrimas corriam livremente agora que a minha mãe tratava da consequência da desobediência. Ela ralhava e eu chorava.
Pouco depois tudo voltou ao normal, os animais adormeceram, os homens voltaram à
indolência habitual das 3 da tarde, naquele mês quente de Agosto.
Andei uma semana descalça, o pé não cabia na sandália!! Estava nas minhas sete quintas, expressão que sempre encontro para descrever o meu estado de felicidade.
Ainda hoje e passados já tantos anos, gosto imenso de andar descalça pela casa, saboreando o fresco do chão em dias de grande calor. Trás-me à memoria lembranças.

A Grécia a arder!

O desespero de quem vê uma vida inteira a ser consumida pelas chamas!
É na Grécia, podia ser cá. Estas imagens já as tivemos perto da nossa porta. Gente que ficou sem nada. Património destruído, floresta queimada, vidas perdidas! Gente que chora a terra calcinada, os restos de uma vida ganha com o suor do rosto. Choram-se os mortos que no desespero de salvar os seus bens acabam por morrer queimados, como aquela mãe no grande incêndio na Grécia, que se refugiou no seu carro para salvar os seu três filhos, numa fuga desesperada contra as chamas e acabou por perder a vida ela e os filhos. Ironia do destino a sua casa ficou incólume das chamas! Deus escreve direito por linhas tortas, dizia uma amiga minha. Não sei se Deus dorme, mas passa muitas vezes pelo sono.
Dizem os jornais:
"Os incêndios que arrasam parte da Grécia continuavam fora de controle nesta terça-feira, após cinco dias de luta contra as chamas, e deixaram até o momento 63 mortos. As autoridades, cada vez mais alvo de críticas, trabalham com a hipótese de que os incêndios foram provocados deliberadamente.

"Os incêndios ainda estão fora de controle. Até agora, não há perigo para os povoados, mas é impossível prever a direcção do vento", afirmou um porta-voz dos bombeiros.

Hidroaviões e equipes de luta contra o fogo vindos de Espanha, França, Itália, Portugal e Roménia já estão nos locais afectados tentando apagar as chamas na maior operação de emergência realizada em um Estado da União Européia. "

Porque acontecem os fogos, fogo posto ou a própria natureza?? Os criminosos praticam estes crimes a mando de quem? Serão alguma vez penalizados os verdadeiros culpados? Entretanto enterramos os mortos e refazemos quase todo um país! E esta tristeza que fica.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Certificado!


O certificado foi passado pelo repórter, (grande amigo, hem?) e pela Dina ( outra amiga), que fizeram o favor de me escolher de entre os blogs de sua preferência. A responsabilidades é deles! O agradecimento é meu.

Se o Café da Franky é um local aprazível, não o posso confirmar, só mesmo os amigos e conhecidos que por aqui vão passando, dando dois dedos de conversa e bebendo um café, é que poderão dizer de sua justiça. Boas ou más impressões, quem sou eu para as contestar. A liberdade de expressão é uma das coisas que mais prezo.

Às vezes as conversas deste café ficam paradas no tempo e os temas pouco diversificados mas por minha culpa, não por quem aqui passa, esta vontade de querer estar quieta e de não fazer nada, que me ataca e deixa sem palavras. E todos os blogs são feitos disso mesmo, palavras. A palavra é uma arma, já o dizia o poeta. Os blogs são isso mesmo, palavras, palavras soltas no emaranhado de redes da comunicação, sem entraves, livres como a voz dos poetas.

Não vou colocar aqui muitos blogs favoritos, mas os melhores entre os melhores, os que me permitem a entrada e os que me dão guarida. A todos eles agradeço a sua existência, senão fossem eles este blog possivelmente não existia. Há no entanto muitos mais que visito e me transmitem bons momentos de leitura e informação, mas seria exaustiva a sua publicação aqui.
Sem ordem de chegada nem de partida:

O Reporter
A Dina
O Cesto sentido
Entrelinhas Online
Eu Não Queria
Júlio Machado Vaz
Manuel Alegre
Luis Eme
Elvira Carvalho
Icreate
Maria José Rijo
Pintura
Caminhos

Insuficiência Renal nos Gatos!

Félix, (siamês) com o filho Beethoven

Sábado levantei-me cedo, pouco tinha dormido. O Félix (siamês)o meu gato "gordão" ou o "paizão" como lhe chamamos, tinha passado mal a noite. Vomitou várias vezes e mostrava-se algo inquieto, nervoso, o contrário do que é normal, pois o Félix é um gato pachorrento e muito amigo de dormir.
Ia várias vezes à casa de banho e tinha espasmos! Levei-o logo de imediato ao veterinário e o diagnostico foi claro. Estava com uma crise renal. Teria de ser anestesiado e algaliado. Foi imediatamente internado e tratado. Fui buscá-lo logo que me deram ordens para o fazer. Está medicado e continua algaliado. Agora é ter paciência e esperar que ele consiga dar a volta ao problema. Está queixoso, mas continua a ser o mesmo gato pachorrento e meigo. Dorme a maior parte do tempo e vai fazendo queixinhas do seu mal a quem se chega perto. A insuficiência renal é um grave problema nos gatos castrados. Devem por isso ser alimentados, com rações que a industria alimentar produz, especificamente para estes casos.
Atenção: nunca devemos deixar de consultar o veterinário e desfazer com ele todas as dúvidas em relação a este caso.
Na Internet podemos encontrar vários sites com descrição detalhada sobre este assunto que nos podem informar e tirar certas dúvidas. Este é um de entre muitos.


""Gatos de qualquer raça, sexo ou idade podem ser afetados, entretanto, animais mais velhos desenvolvem a doença com maior freqüência. A insuficiência renal crônica em gatos ocorre por volta dos nove anos. Alguns tipos de afecção renal podem ser transmitidos geneticamente nas raças Abissínia e Persa. Todos os animais e seres humanos podem ser afetados pela insuficiência renal crônica.

Visão Geral

Como os rins são órgãos vitais para a sobrevivência, a insuficiência renal crônica pode comprometer imensamente a vida de um gato. Quando funcionam apropriadamente, os rins filtram os resíduos da corrente sanguínea, que serão excretados pela urina. Um gato com mal funcionamento renal pode beber quantidades cada vez maiores de água e urinar com maior freqüência na tentativa de retirar da corrente sanguínea os resíduos que os rins não têm mais capacidade de eliminar através da urina.

Eventualmente, os esforços do gato para compensar a própria insuficiência renal mostram se insuficientes. Com o agravamento da doença, podem ocorrer muitas complicações. Úlceras na boca e no estômago, anemia e infecções do trato urinário são conseqüências comuns em gatos portadores de insuficiência renal crônica. A pressão alta, que pode levar à cegueira, é uma das complicações mais graves. Geralmente, os gatos mais idosos têm insuficiência renal crônica e a doença tende a piorar com a idade.

Sintomas

Se um gato sofre de insuficiência renal crônica, seu proprietário poderá perceber sintomas típicos como cansaço, perda de apetite e perda de peso. Vômitos, diarréia, ingestão de água de lugares pouco habituais, aumento da quantidade de urina na caixa de areia, feridas na boca, mal hálito, fraqueza e facilidade para se cansar com qualquer atividade. Se o gato tem pressão alta, pode ocorrer perda de visão repentina.

Descrição

Os rins exercem várias funções de manutenção, vitais para o estado geral de saúde do gato. Eles filtram os resíduos para fora da corrente sanguínea e os excretam para a urina. Os rins também controlam os níveis de eletrólitos, de PH, e o estado de hidratação do gato. Além disto, os rins produzem hormônios essenciais como a eritropoietina, que estimula a medula óssea a produzir novos glóbulos vermelhos. Quando os rins começam a falhar, os sistemas orgânicos do gato começam a fazer ajustes em compensação. Por exemplo, o gato pode passar a beber mais água e a urinar com mais freqüência, numa tentativa de "se livrar" dos resíduos acumulados na corrente sanguínea e que deveriam ter sido eliminados pelos rins. Em algum momento, entretanto, o volume das disfunções vai avassalar o gato e ocorrerão sintomas mais sérios de insuficiência renal crônica. Na época em que os exames mostrarem alterações significativas que alertarem o veterinário para a presença de insuficiência renal, 75% do total do rim já devem ter parado de funcionar corretamente. A causa mais comum da insuficiência renal crônica é o processo normal de envelhecimento. A doença é progressiva e irreversível, ou seja, o prognóstico ou perspectiva de recuperação do gato é ruim. O tratamento, entretanto, pode trazer alívio de curto prazo aos sintomas e melhorar a vida do gato por algum tempo. Um gato com insuficiência renal crônica pode viver de algumas semanas a alguns anos com a doença, dependendo da gravidade e do estágio de evolução da doença.

Diagnóstico

O veterinário irá diagnosticar a insuficiência renal crônica após um exame completo e testes de laboratório, tais como hemograma completo, bioquímica do sangue e análise de urina. Outros exames que podem ser feitos incluem cultura da urina, radiografia, ultra-sonografia, e tomada da pressão sanguínea. Biópsias do rim, através de ultra-som ou cirurgia, podem fornecer informação adicional sobre a causa da insuficiência renal.

Tratamento

Gatos com insuficiência renal crônica muito grave necessitam de internação para tratamento com soro intravenoso, suporte nutricional e medicamentos. Manifestações menos graves da doença podem ser tratadas em casa com medicamentos e dieta apropriada. O veterinário pode recomendar determinados tipos de ração para gatos, que só estão disponíveis com prescrição médica que contém baixos níveis de proteínas, fósforo e sódio e devem, portanto, reduzir a sobrecarga sobre os rins. Outros medicamentos são indicados para controlar alguns sintomas da insuficiência renal, tais como, náusea, inapetência, desequilíbrio mineral e eletrolítico, deficiências hormonais e pressão sanguínea alta. É importante que haja água fresca todo o tempo ao alcance dos gatos afetados pela doença. O veterinário pode ensinar ao proprietário como administrar soro suplementar sob a pele, na chamada terapia líquida subcutânea. Este método é geralmente recomendado para animais com insuficiência renal crônica de moderada a grave. Recomenda-se a repetição de exames regularmente para monitorar a doença. O número de visitas ao médico veterinário irá variar de acordo com a gravidade da doença do gato e de sua resposta ao tratamento.

Prevenção

Gatos que sejam suspeitos de predisposição genética para o desenvolvimento de doença renal não devem ser cruzados. Gatos adultos e idosos devem ser monitorados para a detecção de sintomas anormais e devem receber atenção médica caso surjam sinais clínicos. ""

sábado, 25 de agosto de 2007

Eduardo Prado Coelho!

"Livre. Livre dos equilíbrios consensuais a que obrigam a formação universitária ou a rotina do jornalismo cultural. Livre das programações ideológicas que distribuiam com impiedosa cegueira os ocupantes do campo amigo e os do campo adversário. Livre dos condicionalismos que impunham um calão científico ou uma simplificação demagógica. Livre também para poder ser incoerente, contraditório, instável, deambulante, provocador, terno, insidioso, segundo a cadência emocional das horas e dos dias.

Setembro é o teu mês: e de súbito a morte de um amigo, e o insensato desentendimento em que se perderam, suscitou o desejo de uma palavra que recuperasse tudo o que nos surge sob a forma do irreparável e do irreversível — tudo o que não escrevi, afinal.
Porque o tempo era mais urgente do que os códigos. Livre também dos códigos e das fórmulas. Entregue apenas ao sabor das palavras — cada página é a página de rosto de um arquivo de afectos. Um rosto. Este é o primeiro dia do resto dos teus livros — disse A., quase em surdina, encostado à porta do quarto. O primeiro dia, sim, claro (concordaste), mas ainda me falta a primeira palavra."...

Eduardo Prado Coelho

Na surpresa de uma curva, o deslumbramento. Tão forte que as lágrimas deveriam romper clandestinamente no mais fundo dos olhos. Este lugar é uma enseada, enseada amena, a enseada de Guesclin. Em frente uma pequena ilha, com árvores, uma casa à proa, muralhas, janelas pequenas, e, no topo, uma grande janela branca e fechada — uma moldura de silêncio. Enquanto houver ilhas, os homens continuarão a ser reis como os reis que o foram outrora. Reis inúteis, mas soberanos, imensos, sumptuosos, cobertos pelo manto nocturno das águas. Dinastias arrogantemente supérfluas. Diademas, ceptros, flores venenosas. Se eu tivesse uma ilha, os meus amigos chegavam em barcaças, cantavam baladas de marinheiros, bebiam cidra, deitavam-se com a boca salgada, faziam amor e adormeciam.
Na falta de uma ilha, um livro."...

Nasceu em Lisboa, em 1944.
Licenciou-se em Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em 1983, na mesma Universidade, com uma tese sobre “A Noção de Paradigma nos Estudos Literários”. Foi assistente na Faculdade de Letras de Lisboa. Em 1984, passou para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é actualmente professor associado no Departamento de Ciências da Comunicação.
Em 1988, foi para Paris ensinar no Departamento de Estudos Ibéricos da Sorbonne - Paris 3. Entre 1989 e 1998 foi conselheiro-cultural na Embaixada de Portugal em Paris e, em 1997, director do Instituto Camões, nesta cidade.
Tem ampla colaboração em jornais e revistas e publica uma crónica semanal sobre literatura no jornal Público, para além de um comentário político quotidiano no mesmo jornal.
É autor de uma ampla bibliografia universitária e ensaística, onde se destacam um longo estudo de teoria literária Os Universos da Crítica, vários livros de ensaios O Reino Flutuante, A Palavra sobre a Palavra, A Letra Litoral, A Mecânica dos Fluidos, A Noite do Mundo e dois volumes de um diário Tudo o Que Não Escrevi (Grande Prémio de Literatura Autobiográfica da Associação Portuguesa de Escritores, 1996). Em 2004, foi-lhe atribuído o Grande Prémio de Crónica João Carreira Bom. Publicou recentemente Diálogos sobre a Fé” (com D. José Policarpo) e Dia Por Ama (com Ana Calhau).

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Palhaçadas!!!!

São gastos 20 mil euros (4 mil contos) por mês, do erário público, para a segurança e protecção de Carolina Salgado!
Dizer que me recuso a fazer parte desta palhaçada adianta alguma coisa??

domingo, 19 de agosto de 2007

Estou farta!!

Estou numa daquelas fases em que tudo me faz “ferver”, as patetices, as criancices e a falta de carácter que algumas pessoas apresentam para tentar resolver os interesses de cada um a seu belo prazer. As pessoas giram à volta de "mundinhos" onde o seu umbigo é o centro.
Atropelam, pisam e repisam, para voltar à ribalta, felizes por serem os maiores. Julgam-se Reis da sapiência entre os que são vazios de sabedoria! Cegos aos erros que cometem, são hábeis a apontar os erros dos outros. São heróis de trazer por casa e ofendem-se com migalhas de somenos importância. São fingidores. Castradores de ideias. São os maiores. Os outros… seguidores, simples observadores. Aplaudindo e dando palmadinhas nas costas.
Estou farta de reclamações, de gritos, de queixumes, o dizer mal por dizer, de protestos de barriga cheia, desta lamuria do dia a dia que me vai enchendo a paciência. Barafustam, fazem barulho, muito barulho e depois… tudo fica na mesma. Gostam de se fazer ouvir. E não fazem nada. O vazio preenche as suas vidas!
Estou farta de opulência, de prepotência e de vaidades. A importância de se chamar "Alberto"!!
Onde está a beleza de um simples gesto, de um sorriso, de uma palavra amiga, da ajuda incondicional sem interesses para proveito próprio, do silêncio dos actos praticados? Do amor pelo semelhante, da partilha da entre ajuda, do conhecimento. Do reconhecimento! Do agradecimento!
É tudo isto ignorado em favor de banalidades que só dão vida a seres orgulhosos e déspotas.
Sinto-me como se estivesse no alto de um monte a observar as crianças, entenda-se adultos, nas suas traquinices de aniquilação sentimental dos que os rodeiam. E são felizes, pelo menos assim me parecem. Continuam no seu mundo de brincar, cada um sendo poderosos a seu modo. Servindo-se da dormência dos que andam por andar, dos que vivem por viver. E são felizes. Todos, os que mandam e os que são mandados.
Estou farta de crimes perfeitos!
À margem desta manipulação castrante, caminho desarticulada. Sou uma peça fora da máquina. Incómoda. Chata e deslocada.
Decididamente não consigo fazer parte deste mundo cão. Tenho pena. Ou talvez não!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Carvalhal-Bombarral

Ontem, quando ia comprar o jornal diário, um carro parou perto de mim e perguntou-me em inglês o caminho para o Carvalhal. Depois de alguns momento de explicações e de enviar as coordenadas ao GPS, o carro arrancou devagar em direcção ao destino destes turistas ingleses.
Carvalhal, é uma espécie de reduto ao bom gosto, à beleza, conservação, ao rural, e à calma.
É um local aprazível, bem conservado, as ruas estão escrupulosamente limpas, pela brancura das paredes das casas, pela calçada que reveste as ruas.
Há neste local uma mistura que trás à lembrança o Alentejo e a lindíssima Vila de Óbidos, aqui tão perto.
A visitar!

Fotos do Carvalhal - Bombarral




Miguel Torga


Aqui, diante de mim,
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão em leme da nau
Nesta deriva em que vou.

Me confesso
Possesso
Das virtudes teologais,
Que são três,
E dos pecados mortais
Que são sete,
Quando a terra não repete
Que são mais.

Me confesso
O dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
E das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
Andanças
Do mesmo todo.

Me confesso de ser charco
E luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
Que atira setas acima
E abaixo da minha altura.

Me confesso de ser tudo
Que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
Desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.

Me confesso de ser Homem.
De ser o anjo caído
Do tal céu que Deus governa;
De ser o monstro saído
Do buraco mais fundo da caverna.

Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
Para dizer que sou eu
Aqui, diante de mim!

Miguel Torga

Me confesso, admiradora de Miguel torga!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

NÃO!!!!!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Descansando!!

Como dorme a minha cadela!! Leva horas assim, nesta posição. Cadela despudorada!!
É sui generis em tudo. Para além desta forma estranha de dormir, é vegetariana, prefere uma boa alface ou uma peça de fruta a um naco de carne.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Os Jardins do Bombarral!

Não! Estas fotos não são de um qualquer bairro degradado dos subúrbios de Lisboa, nem de uma outra grande cidade de terceiro mundo!
Estas fotos são de uma zona verde da Vila do Bombarral! Entre as Piscinas Municipais, o Pavilhão Municipal, a Escolas Preparatória e Secundária.
A degradação é visível nestas fotos, mas muito mais degradante para quem frequenta este local diariamente.
Para além da destruição material, as trepadeiras arrastam-se pelo chão até encontrarem apoio para suportar os seus tentáculos. Os bichos inundam este local. Cobras, lagartixas, ratos e até cães abandonados que deambulam pelo "jardim".
As obras que à mais de um ano se realizaram na piscina continuam por acabar, deixando bem visível na relva a marca dos rodados dos camiões que ali se deslocavam para deixar o material. Já para não falar do taipal de madeira que tapa o buraco que serviu para entrarem as novas máquina da piscina.
A tudo isto se devem juntar as lâmpadas apagadas que proliferam por todo este espaço verde. Um varandim com os apoios de cimento partidos que representa um verdadeiro perigo para quem se abeire dele.
Enquanto se inauguram novos jardins com fontes luminosas noutros locais desta vila, este já com alguns anos de existência vai-se degradando dia após dia sem um mínimo de manutenção. Foi-lhe roubado um espaço, antes verde, para a realização de um skate/parque, entretanto abandonado pelos jovens praticantes deste desporto, devido à degradação em que se encontrava.

Sem uma mão que as ajude, as trepadeiras arrastam-se pelo chão!

Servindo de abrigo para toda a espécie de bicharada! Cobras, lagartixas e ratazanas!
A obra de arte de um colector do esgoto, está assim à mais de 2 meses, pondo em perigo centenas de crianças que todos os dias circulam por este local, entre a Piscina e o Pavilhão. Depois quando as coisas acontecem, nunca se encontra um culpado.

O varandim de protecção do muro que circunda o edifício da piscina!

O globo de um candeeiro está por terra! Alguém por "graça" colocou ali um sinal de obras!! O candeeiro indiferente a este facto continua a dar luz sem qualquer protecção!

Neste bocadinho de relva passeava-se calmamente o outro dia, uma cobra!
O gradeamento para as bicicletas estão destruidos e "mudam" de sítio a cada dia que passa.

O taipal que serviu para entrarem as novas máquinas para a Piscina. Há mais de 1 ano que está assim, à espera de um final feliz.

Brevemente será inaugurado com pompa e circunstância, mais um espaço verde com várias fontes luminosas, mesmo em frente aos Paços do Concelho, desejo-lhe muito mais sorte que a este triste espaço, onde circulam diariamente centenas de crianças.

domingo, 5 de agosto de 2007

O Mês de Agosto!!!

Todos os anos por esta altura os problemas com a minha vizinha são sempre os mesmos. Ela acaba sempre por me convidar para uma breve (da minha parte) e pequena discussão. O resto do ano (dela) é passado em terras de Sua Majestade, mas Agosto é pródigo em palavras soltas, (dela) de agravos e desagravos onde se aflora sempre o mesmo tema, a minha Cadela!
A Zetta incomoda no mês de Agosto, só no mês de Agosto! São as patas, é o pêlo, é o cheiro. É a simples existência de viver. O resto do ano a Zetta é Rainha, cumpre as nossas ordens, em casa e na rua. Obediência e inteligência é o lema. Vive feliz, cumprindo ordens. Com duas idas à rua, onde cumpre escrupulosamente o que lhe foi ensinado. Dá os seus passeios, brinca e convive com toda a gente que encontra pelo caminho.
Mas no mês de Agosto e com a chegada da importante senhora tudo muda! Acontece que há pessoas para quem o mundo tem de ser feito à maneira deles, que querem impor a sua maneira de viver aos outros e, quando estes não alinham, acabam por incomodar tudo e todos. Não sei se no País de emigração onde esta senhora minha vizinha trabalha, as pessoas não convivem com animais, ou se estes não existem, ou ainda até se esta gente come e cala só porque é lá fora e lá fora é que é bom, aqui tem tudo que rodar à sua imagem e semelhança. Com prepotência e autoritarismo.
O mês de Agosto ainda vai no principio e eu e a Zetta já contactámos com as exigências da dita senhora. A pequena discussão, a troca de palavras, do papelinho por baixo da porta, com "recadinhos" ridículos. Tipo!

Cadela – Não mexe, não ladra, não dejecta, não cheira, não brinca! Não Vive!!
Eu - Não lavo varandas, não sacudo, não aspiro, não saio de casa para ir a lado nenhum porque a cadela fica sozinha e “pode” fazer barulho, não desço as escadas com a cadela para ir à rua, porque pode cair pêlo na escada, não mexo! Não vivo!

São as ordens!

Tudo isto só no mês de Agosto!! Em Setembro vamos novamente renascer! Eu e a minha cadela!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O Verão!

O Verão chegou finalmente, com temperaturas a rondar os 4oº, ou 42/3 em algumas cidades do País. As roupas querem-se frescas e arejadas, os Top, as transparências e os grandes decotes.
A mulher cuida da imagem durante largos meses durante o resto do ano e quando aparece nas festas de Verão ou nas zonas de veraneio está resplandecente. Decotes generosos, mini saias ou calções curtos, com pernas e corpos bem bronzeadas.
Os decotes podem ser uma arma de sedução, um truque, ou simplesmente uma forma da mulher se sentir mais fresca, mais leve.

"Por motivos de segurança na Alemanha um motorista parou o autocarro, é verdade, não foi por causa de qualquer problema técnico, nem risco de ataque terrorista, mas foi, sim por algo muito mais perigoso e explosivo, um decote. Para aqueles que já estão a ridicularizar este senhor, não o façam, a situação é compreensível, o mesmo alega que o decote preenchia uma grande parte do espelho retrovisor e que consequentemente a condução não estava assegurada com a total segurança. Compreensível, não é?"

Decotes que fazem parar o trânsito!

Os homens preferem passear nas praias mostrando os corpos Bronzeados e Musculados! Sempre agradável de ver!

Tudo isto regado com uma cerveja bem gelada!
Ou uma capirinha!