sábado, 24 de novembro de 2007

Dia Mundial Contra a Violência de Género



39 mulheres portuguesas assassinadas pelos maridos ou companheiros em 2006

Dados oficiais da violência doméstica em Portugal!



Trinta e nove mulheres portuguesas foram mortas em 2006 pelos maridos ou companheiros e outras 43 ficaram gravemente feridas, segundo um estudo hoje apresentado em Lisboa pela presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

O documento foi divulgado durante um seminário do Conselho da Europa que abordou a recolha de dados como um requisito para políticas eficazes de combate à violência contra as mulheres, incluindo a doméstica.

Este é o terceiro de cinco seminários integrados na campanha do Conselho da Europa para combater a violência contra as mulheres lançada em Novembro, em Madrid.
Arménia, Chipre, Geórgia, Itália, Malta, São Marino, Eslováquia e Ucrânia foram os países convidados para participar no encontro.

Segundo a presidente da Comissão para a Igualdade, Elza Pais, nos últimos seis anos (entre 2000 e 2006) o número de ocorrências de violência doméstica registadas pelas forças de segurança quase duplicou, passando dos 11.162 para 20.595.

Contudo, para os peritos este indicador não deverá corresponder a um aumento da violência, mas a uma maior visibilidade do fenómeno levando assim ao crescimento das denúncias.

Os dados hoje revelados indicam que 87 por cento das vítimas de violência doméstica em 2006 eram do sexo feminino e 13 por cento do sexo masculino.

Por outro lado, no quadro da violência doméstica, o estudo faz um retrato do homicídio conjugal em Portugal indicando que só no ano passado 39 mulheres morreram e outras 43 ficaram gravemente feridas.

Ainda no âmbito do homicídio conjugal, que representa 16,4 por cento do homicídio geral, o documento revela que em 2006 foram condenadas a cumprir pena de prisão 212 pessoas com idades entre os 21 e os 51 anos, de nacionalidade portuguesa.

Segundo Elza Pais, diversos estudos internacionais sugerem que muitas das mortes de mulheres são cometidas em contactos de violência conjugal. Pesquisas feitas na Austrália, Canadá, Israel, África do Sul e Estados Unidos, adianta, demonstram que 40 a 70 por cento das mulheres assassinadas anualmente foram mortas pelos maridos ou namorados em contextos de violência conjugal.

Nos Estados Unidos, por exemplo, aproximadamente um em cada três homicídios de mulheres são de natureza conjugal, enquanto no Reino Unido cerca de 120 mulheres são mortas por ano pelo cônjuge ou companheiro.

Em Espanha, cerca de 100 mulheres são mortas pelos seus actuais ou ex-companheiros em cada ano estimando-se que, por semana, uma mulher espanhola morra nas mãos do seu companheiro.

Em muitos países as "questões de honra" contribuem também para a morte de muitas mulheres e em diversas sociedades a "honra" de um homem está directamente relacionada com a "pureza" da mulher da família.

No encontro de hoje, Mendes Bota, vice-presidente do Comité para a Igualdade entre Mulheres e Homens da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, revelou que pelo menos 80 milhões de mulheres dos países da comunidade europeia já sofreram de violência doméstica.

O fenómeno, adiantou, tem custos efectivos na ordem dos 34 biliões de euros por ano equivalentes a 555 euros per capita. Segundo Mendes Bota, Portugal tem feito um percurso exemplar no combate e prevenção do problema, mas ainda não foi suficiente para travar o número de mortes anuais.

Um dos objectivos da campanha do Conselho da Europa, que tem como lema "tudo começa com um grito e nunca deve acabar num grande silêncio", é sensibilizar para o problema dando voz às mulheres que não têm voz, referiu.

Em discussão no seminário de hoje esteve a necessidade de ser feita uma harmonização na recolha de dados dos vários países de forma a permitir uma analise comparativa.

Hilary Fisher, presidente da Task Force do Conselho da Europa para combater a violência contra as mulheres, explicou que a recolha de dados fiáveis é um dos grandes desafios.

"É necessário e essencial ter dados comparáveis a nível internacional. Não basta a recolha. Há que estabelecer uma ponte directa", disse.



sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A pequena Esmeralda!


Nunca me prenunciei sobre este caso porque há aspectos nele que não entendo.

O caso é simples! Uma criança é gerada numa união de puro acaso. Filha do vento e da aventura. Renegada por pai e mãe. É entregue pela mãe biológica a quem ela entendeu sem intervenção do pai do “acaso”. Simples história, como tantas e tantas por esse mundo fora. A criança é dada assim como por artes mágicas a quem desejava ter um filho. E a amou de verdade.

Quantos casais querem ter um filho e não o podem ter? Sujeitam-se por isso a processos complicados de adopção com anos e anos de espera? Anos e anos de expectativa, numa espera desesperada por um telefonema que venha finalmente por fim a este pesadelo. A notícia da vinda de um ser que encherá as suas vidas de alegria, preenchendo finalmente os seus sonhos. Anos e anos de desespero! Anos e anos de espera. Anos e anos de nadas. Desespero, raiva e desilusão.

E quantas crianças, são depositadas em associações à espera que o dia da sua liberdade chegue, perdendo os melhores anos da sua meninice por entre paredes, nuas, sem carinho, sem amor, numa espera que desespera. E os anos passam e o vazio se instala. E desesperam na espera do nada.

E os braços caem cansados de esperar por um abraço que as aperte com amor. Abraça-se o vazio! E doe!

É por este motivo que não tinha escrito ainda nada do caso da pequena Esmeralda. Por não entender, por não conseguir perceber a diferença. E porque sei o que é esta espera.

A pequena Esmeralda bem ou mal, não teve de passar por este processo, foi contra todas as normas estipuladas entregue de mão beijada a um casal que a amou, a educou e lhe deu todo o carinho e amor que qualquer criança tem direito. Mas de repente foram acordados desse sonho, pelos homens que cumprem as leis. Foram abruptamente despertos para a realidade. Afinal a menina não era deles! Não lhes pertencia! Já se tinham passado 5 anos. E o terror instalou-se na sua casa. Nas suas vidas. O pai biológico de repente lembrou-se que tinha direito como pai para reclamar o amor dessa criança. Como se o amor se pudesse comprar! E conseguiu! E os homens de leis deram-lhe razão. E determinaram um dia para a entrega. Dia 26 de Dezembro.

Depois do dia de Natal, a Pequena Esmeralda não vai ter tempo de abrir os brinquedos que receberá nessa noite de todas as esperanças. Vai logo de manhã ser tirada da única casa que conhece e ser levada para algures, para onde nunca esteve, não conhece e não quer.

Contra tudo e contra todos a lei vai ser cumprida. Contra todos os pareceres pedagógicos! Porquê? Não entendo. Nada entendo de leis. Mas entendo o coração humano. E sinto-me revoltada.

Como prenda de Natal a pequena Esmeralda vai ter o abandono forçado dos pais que ela sempre quis e aprendeu a amar.

Que Deus perdoo os homem que fazem as leis.

Scolari!

Mais uma vez este senhor me desiludiu! Não gostei da maneira como falou aos jornalistas. Não gosto da arrogância como recusa uma pergunta incomoda.


Este Scolari não é o mesmo que nos fez amar a nossa selecção!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Convenção Internacional dos Direitos da Criança!

Toda a gente tem direito a ser criança, no tempo de ser criança!

"A violência cometida contra o membro mais ínfimo da espécie humana afecta toda a humanidade”

Um dos direitos fundamentais para qualquer criança ser feliz é ter PAZ!
E ser feliz e ser alegre!
E Rir!
Sempre me impressionou a gargalhada de uma criança. Fico feliz também
Reparem no som de felicidade que há na gargalhada de uma criança!
Que não se apague o riso de uma criança. Que sejamos capazes de as fazermos felizes.



sábado, 17 de novembro de 2007

Para o meu amigo Repórter!



Para que sejas sempre muito Feliz!
Parabéns!
Um beijo

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Saudades!!

Os animais podem sentir saudades? Eu acredito que sim.

Matt Damon


O Actor Matt Damon foi eleito o mais sexy de 2007!

Há homens assim! Só que e como uma amiga minha dizia, - Se não podem ser meus para que existem ?!! Pois!!! Temos pena!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Hoje não se cozinha!


Há dias em que me apetece fazer isto!!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A minha Agenda, A minha agenda!

Em conversa com a minha filha ela confessou-me que as suas memórias desta época de festas de Natal e de compras e de publicidade na TV, o que primeiro recorda é uma anúncio muito peculiar! Para o Natal o meu presente eu quero que seja... A MINHA AGENDA! A MINHA AGENDA! la la la la la ”.

Pois eu concordo com ela. E vamos repor a verdade que nesta coisa das crianças elas nunca mentem e tem uma memória muito melhor que a nossa!!

Ficam aqui alguns anúncios da época

Obrigada Ana e vá lá, vamos recordar!


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A Leopoldina!

Há coisas que não mudam!
O outro dia estando eu meio distraída, ouvi uma voz familiar anunciar o Natal na TV! Era Ela! A Leopoldina! Tinha regressado! É Natal.

Quando os meus filhos eram pequeninos, hoje são adultos e não vão em cantigas, ouvindo a "Leopoldina" na TV gritavam felizes.
- Já chegou o Natal!!!
E lá chegava aquela espécie de pássaro, meio humano meio ave anunciando o "Mundo Encantado dos Brinquedos".

Regressava todos os anos, mais ou menos na mesma altura, anunciando a época natalícia. Era o começo do Natal. O frenesim das compras, o esbanjamento, o exibicionismo. Não havia hipótese de retrocesso, o mundo estava inevitavelmente mudado.

E os olhos dos meus filhos ficavam ali maravilhados, como que encantados a olhar para aquele mundo que é só seu, enquanto crianças. Olhavam com um brilho tão especial, tentando descobrir o que poderiam ganhar de todo aquele mundo de sonhos.
Felizmente nunca tive problemas de maior, eles sabiam que só poderiam receber como prenda de Natal aquilo que os pais lhes poderiam dar e não o que o Tio Belmiro, anunciava. Mas sonhavam.



Agora a Leopoldina para além de nos anunciar o Natal é também um Musical. Dá gosto ver como certas coisas não ficam perdidas no tempo e conseguem evoluir. A força que o dinheiro tem! Não estivesse a Leopoldina agregada a uma grande superfície comercial!
Boas compras!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Debate do Orçamento de Estado!



Sócrates e Santana, no tão esperado despique, não protagonizaram um combate de titãs. Desiludiu! Cansou.
«Dizia-se que iria ser um combate de wrestling», mas afinal «é o canal memória», diz Paulo Portas.
O Líder do Bloco de esquerda, Francisco Louça desiludido com o espectáculo, pediu os bilhetes de volta! A haver vencedores não foi Santana Lopes de certeza, pois segundo diz o próprio ainda está em processo de adaptação!

A memória e o passado marcaram o debate. «Má memória, diria Sócrates, que acusou Santana de ser «o senhor do passado». Santana respondeu: «E o senhor é símbolo do pântano! Do Governo que fugiu», numa alusão ao executivo de Guterres.

Santana ainda pede a Sócrates «um limiar de delicadeza» quando pede a «defesa da consideração da bancada» e garante que os executivos de coligação orgulham-se da governação que levaram a cabo. Diz Santana que Sócrates deve «preparar-se» porque «Menezes vai ganhar-lhe em 2009», que acusa o primeiro-ministro de desorçamentação no sector das estradas e de, em 2005, já na vigência do governos socialista, «o défice estar nos 6,1 por cento», contra os 3,3 por cento em 2004. Sócrates não perde tempo para responder: «"O senhor deputado não está a governar porque foi o povo que assim decidiu"! E aproveita a ameaça da vitória de Menezes em 2009, para espicaçar o fantasma da liderança social-democrata bicéfalo. «Eu também não posso deixar de notar que o líder do seu partido deixou ontem umas questões, numa espécie de orientações ao grupo parlamentar, e agora o senhor coloca aqui outras dúvidas. Espero que o Dr. Menezes não me leve a mal por não responder».

O Partido Comunista foi igual a si mesmo, sem novidades e sem ataques exacerbados. Debate morno assim como os Verdes.

Saúde, idosos, grávidas, vacina contra o cancro do colo do útero, que será integrado, no próximo ano, no Plano Nacional de Vacinação, finanças, seriam alguns dos temas que gostaria de ter visto debatido, mas infelizmente não ouve interesse para trazê-los ao debate.
Sempre mais do mesmo, protagonismo, sensacionalismo e espectáculo mediático.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Blogue renovado!

Blogue renovado!

Decidi fazer uma remodelação no meu blogue. Pouca coisa. Mudei as cores das paredes, com cores quentes como se impõe para a época que se aproxima. Limpei o pó acumulado nas prateleiras, lavei a loiça e dei um ar de graça no geral.
Há muito tempo que o vinha pensando, aliás a ideia era outros projectos a nível bloquista, mas decidi não abandonar estas instalações. Aqui sinto-me bem.




O café está preparado para enfrentar o Inverno, que custa a chegar, e a ter novas e boas conversas, com todos aqueles que quiserem passar por aqui. Espero que gostem e que se sintam bem.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Os nossos "velhos"!


Já alguns dias (muitos) que não tenho escrito aqui no meu blog. O tempo, ou melhor, a falta dele e a disposição para escrever e mexer em assuntos que me incomodam não me tem deixado expressar como eu gostaria sobre o que sinto.

Por vezes quando alguém de quem gostamos muito é maltratado ou desumanizado sentimo-nos revoltados e com vontade de fazer justiça.

Mas como? Contra quem? O sistema? Os serviços de saúde? Da Segurança Social? Ou simplesmente contra o Zé ninguém que encrava o sistema e que descarrega nos outros, nos mais fracos, as suas frustrações?

A minha mãe foi para casa depois de ter estado internada num hospital. Assim de um dia para o outro, depois de nos terem dito, o próprio médico que a operou, que a situação estava difícil e que possivelmente ainda teria de ser operada novamente! O estado geral era preocupante. Dois dias depois estava em casa com a alta passada pelo mesmo médico que tinha falado connosco.

Impunha-se ajuda para a higiene e para ter as condições mínimas de bem estar para o estado em que ela se encontrava. Tem a bacia partida em dois locais, a perna esquerda deixou de funcionar. Está praticamente paralisada do lado esquerdo. Precisava de cuidados de saúde, higiene assim como uma cama articulada.

Depois de muito procurar chegámos à conclusão que não há ajuda para ninguém, pelo menos para a minha mãe. A Segurança Social não tem pessoal para ir a casa ajudar a dar banho à minha mãe! As associações que procurámos também não, a Igreja Católica igualmente se negou. Ponto assente, a minha mãe se não for a família a fazer, não terá o mínimo de qualidade de vida, nem de higiene, nem de saúde nem de comodidade. Se a família não pode tem de se contratar alguém e pagar do seu bolso. Outros tratamentos e o levantamento do doente é incumbência da família.

A Cama. Depois de MUITAS voltas conseguimos arranjar uma cama articulada. Por 4 (quatro) meses e com um depósito feito em nome da Segurança Social. Ao fim deste tempo, é retirado o doente do bem estar em que se encontra e devolver a cama ou temos de a pagar!!

Aqui entra o ZÉ ninguém! A dita cama foi cedida pala Segurança Social, mas como estava num armazém, nas instalações da Junta de Freguesia de Queluz, seria o encarregado desse armazém a “DAR” a cama. Tínhamos nós de a ir buscar, de manhã cedo, arranjando para isso transporte adequado, pois o tamanho da cama assim o exigia. Como o dito senhor tem os seus dias, (o mau humor era gritante), tinha mais que fazer, por esse motivo não estava para esperar muito. Como era sexta-feira, teríamos que esperar para segunda. Os palhaços, nós claro, depois de fazer 80/90 km, teríamos de voltar para trás de mãos vazias e deixar a minha mãe novamente sem as condições mínimas de bem estar. Depois de muito protestar e de ter de elevar o tom de voz, muita calma e paciência à mistura, conseguimos finalmente a bendita cama. Eram 3 horas da tarde! Depois de uma grande trabalheira e de muito apertar parafusos e de ligar fios e motores, peças de três camas e meia, finalmente a minha mãe teve direito a se sentir uma verdadeira rainha. Rainha por 4 meses, nada mais, nada menos.

A Médica de Família, ao fim de 15 dias, ainda não foi ver a sua doente ao domicilio, mesmo que para isso se tenha feito o pedido, uma vez que a doente não se pode deslocar ao Centro de Saúde.

Quem se aventura por estes caminhos é que se apercebe quanta miséria humana envolve os nossos "velhos". O abandono, a indiferença, o desprezo, a arrogância, a deficiência dos serviços e das pessoas a que eles têm de estar sujeitos. As portas fecham-se à nossa passagem, o "NÃO" é constante! A DESUMANIZAÇÃO é gritante.

Como é possível que “os nossos velhos” que trabalharam uma vida inteira, cuidando das famílias, cumprindo todas as obrigações como cidadãos, pagando impostos, votando para ajudar a colocar os políticos nos pedestrais onde hoje se encontram, tenham no fim da sua vida uma velhice de miséria, onde são tratados como farrapos da sociedade que nada valem, sobe a batuta da indiferença e do desprezo.

Não é só a doença que os preocupa, mas também a solidão, a tristeza, o não terem de volta o amor que sempre dedicaram aos outros, esse medo faz com que desejem morrer para não darem trabalho a quem deles cuidam. Os nossos "velhos" sofrem de solidão, de tristeza e de medo! Revolta e sofrimento. Quando estão conscientes do seu estado, quando o seu cérebro está a 100%, doí muito mais. A eles e a nós.

Que fazer com eles?

Escondê-los em lares, a maior parte deles clandestinos e sem o mínimo de condições para uma estadia difícil de calcular, e quantas vezes tão penosa. Caríssimos e fora do alcance da maioria dos familiares.

Empurrá-los semana após semana para casa de familiares à mingua de um carinho, tirando-os do cantinho que eles ajudaram a construir e que são deles por direito?

Futuros sem o mínimo de deferência.

"Porque o Governo os despreza, espezinha, explora, humilha, vexa – não lhes acode, não os protege, não os defende, não os agasalha, não os ama". Escrevia o outro dia Baptista Bastos. Ergo com ele a minha voz de protesto. Ninguém ama os nossos "velhos", é uma realidade.

Esquecem-se os políticos que a vantagem deles é que as suas pensões de reforma serão sempre ‘suficiente’ para pagar as doenças da sua velhice. O problema está naqueles que, ao longo da sua vida, nunca tiveram mais do que o suficiente para pagar o pão de cada dia, quanto mais pagar lares a preços astronómicos, medicação, fraldas e tudo o mais que a sua idade avançada exige.

Hoje eles, amanhã nós, e que podemos fazer para mudar esta política, despertar consciência, este sistema do diz que faz e não faz? Esta vergonha nacional?


(Quero agradecer à Elvira Carvalho a sua preocupação pela saúde da minha mãe e pedir desculpas por não ter aparecido por aqui para agradecer a sua simpatia. Um beijinho e desculpa.)

Dia de Finados

Hoje é dia Dia dos fiéis defuntos! É celebrado pela Igreja Católica logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos.
O meu pai sempre colocava uma gravata preta no dia 2 de Novembro! Era um sinal de luto e de respeito por todos aqueles que tinham partido. Eu continuo a manter essa "tradição", vestindo de luto neste dia, por respeito a ele e a todos os outros que se encontram algures em descanso eterno.
Na véspera, os cemitérios são cobertos de flores, saudades enfeitadas de despedidas. De amor eterno. Os recanto destes campos de paz, enchem-se de saudades que ficam no silêncio de cada espaço.
Esta saudade de quem perdeu entes queridos.
Esta saudade que não passa nunca.