sábado, 29 de dezembro de 2007

Laços!



Para todos aqueles que embora longe, distantes no tempo e no espaço, continuamos a amar. Que os laços nunca se desfaçam.

Boa sorte - Vanessa da Mata!


Para ouvir... ouvir... e ouvir!

Good Luck!!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Feliz Ano Novo!!

Que o Ano de 2008 vos traga tudo de BOM !
Esqueçamos, tristezas, desavenças, guerras, repressões, economias, governos, políticos, e gozemos em pleno está sensação de estarmos vivos!


Para as meninas, um presente muito especial, nesta esperança de Ano Novo!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Boas Festas!



Boas Festas


quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Recado para uma amiga!


Por falar em amigos, e porque não quero e não posso esquecer, nem confundir as verdadeiras amizades, há amigos e amizades muito especiais que nos enchem a alma de felicidade. Amigos de mão cheia, amigos de coração, esses são tão raros que não os devemos esquecer nunca.

Amigos verdadeiros, nas horas boas e más, em que riem e choram connosco.

Como diz o inicio de uma canção do José Cid – “Era eu uma criança” e já esta amiguinha fazia parte da nossa família e nós da dela. Com o passar do tempo e com o envelhecimento da minha mãe esta amizade foi-se solidificando, engrandecendo e fortificando. Esta amiga tão especial foi sempre ajudando a minha mãe em tudo que ela precisava, estava sempre pronta para lhe fazer companhia nas horas de solidão, fazia coro connosco para ouvir as tais histórias que a minha mãe tão bem contava. Riamos juntas com as graças que a minha mãe dizia! Nos momentos de grande aflição era a ela que a minha mãe recorria. Era assim como mais uma filha e para mim uma irmã.

No dia em que a minha mãe partiu e logo que eu lhe comuniquei nunca mais me deixou, esteve sempre ao meu lado, ajudando-me em tudo o que eu precisei, até ao último momento esteve ali comigo. Esta amiguinha é alguém muito especial para mim, de coração enorme, generosa e com o sentido certo das coisas, uma verdadeira amiga. Não posso esquecer todo o apoio que me deu nesses dias e o quanto lhe devo, por ser quem é e por ter sido tão amiga da minha mãe.

Francisquinha, é para ti o meu agradecimento de coração, que Deus te dê em dobro aquilo que tu mereces, obrigada por mim e por ela. Bem hajas!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

O meu presépio

O meu presépio deste ano!

Este ano já tinha anunciado que não faria nada para o Natal. Não me apetece andar nas comprar, não me apetece engalanar a casa. O meu filho ficou tristíssimo mas respeitou a minha dor.
Mas ontem depois de sair da missa de 7 dia da minha mãe, a minha irmã confessava-me o quanto a minha mãe adorava o Natal, as compras e enfeitar a casa. Fiquei a pensar no assunto! Hoje enquanto andava a passear a minha cadela comecei a recolher as folhas secas dos plátanos que estavam caídas pelo chão. Uma aqui outra acolá, reuni umas quantas e mais à frente quase tropecei numas pedras que devem ter ficado esquecidas de alguma obra recente. Reparei de repente que tinha ali o material reunido para fazer o "meu" Presépio.
Fui até ao sótão procurar as figuras do Presépio, as luzes e depois de ter comprado a neve artificial, pus mão à obra.
Este ano foi diferente, os meus homens estão ausentes, não tinha quem me ajudasse na parte eléctrica, mas os meus animais, os gatos e a cadela perceberam que eu precisava de ajuda e fizeram uma roda à minha volta e daquele material todo, principalmente das folhas que enchiam os seus olhos de alegria. O Félix, decidiu experimentar como seriam elas como cama e rebolou todo contente por cima delas. A Rita, fugiu com a folha mais pequenina, como troféu, toda feliz. O Sir agarrava a ponta do fio das luzes e a Tareca inspeccionava se todas elas funcionavam. A Zetta saltitava, ladrando zangada contra tanta desobediência! Chegada a hora de colocar a neve todos fugiram para fora da sala, pois o som da lata não era um som lá muito do seu agrado! Ficaram a espreitar da porta sem perceber porque é que de repente tudo se transformava em brancura.
O menino Jesus chegou dentro de uma manjedoura, vinha acompanhado de sua mãe Maria e de José, da vaquinha e do burro. Foram colocados delicadamente dentro da gruta. O Anjo desceu a anunciar a nova. As luzes e as velas acenderam-se. O Presépio estava pronto.
Os meus animais vieram adorar o menino.
E depois de tantas emoções, adormeceram no quentinho do aquecedor.
E o dia hoje custou muito menos a passar

A minha vida é um vazio!

De repente e quase sem eu dar por isso a minha vida transformou-se num vazio. Por motivos laborais o meu marido e o meu filho partiram para Évora em busca de melhor sorte. A minha casa que era um mar de gente, barulhenta, desarrumada, por vezes parecendo um mundo de loucos, com gente maluca quanto baste, de repente ficou vazia, a casa não mexe! Tudo parece parado. Como se de repente a ficha se tivesse desligado e a máquina parasse!

Os dias são enormes. O entardecer agora é de tons mais cinzentos, há mais nostalgia no ar. Mais tristeza. Mais saudade. As noites intermináveis. A mesa das refeições está desguarnecida! Fazer comida para quê? Come-se qualquer coisa, fora de horas. Fico suspensa dos sons que me chegam da rua. Os barulhos do prédio que antes não existiam. O som da chuva e do vento ouvem-se impiedosos, como se antes não houvesse temporais. Até os animais de casa, se calaram, hibernaram, estranhando o mutismo, deambulam desgostosos, silenciosos.

A partida da minha mãe! Esta dor que não me cabe no peito. A saudade infinita e a falta que ela me faz! Era a minha conselheira, com quem eu desabafava e a quem eu contava os meus segredos. Era também uma exímia contadora de histórias. Deliciava-nos com os seus contos verídicos de gentes e lugares. De Barrancos, que a viu nascer e crescer e ali se fez mulher, ali amou o homem da sua vida desde os tempos de escola, ali casou e ali teve as filhas, contava-nos histórias fabulosas, verdadeiras lendas que ela nunca esqueceu. Também nos contava episódios reais do tempo da guerra espanhola, relatos vividos por ela e por toda a população de Barrancos.
Histórias de Safara e Vila Nova de S. Bento e das suas gentes que a acolheram e que ela amava de coração. A ouvi-la, o tempo não custava a passar. Eram tardes deliciosas. Já não a ouço. Agora parece que o tempo não passa.

Para piorar as coisas o meu Bethoven, (gato que eu adoro) também partiu. Não com os donos, para Évora, nem para lá da ponte, mas para casa de amigos, por motivo de mau feitio para com os outros gatos, que de repente não consegue controlar. Volta aos fins de semana. Novas guerras, novas batalhas perdidas, difíceis de entender e de aceitar. E volta a partir sem encontrar-mos solução para este problema. E volta a saudade.

Por culpa deste esvaziamento afasto-me a pouco e pouco da escrita, da pintura, dos amigos. Isolo-me de tudo e fico parada sem iniciativas, sem vontades. Uma sensação de vazio e carência que não consigo explicar.

domingo, 9 de dezembro de 2007

A minha mãe!


Não sei porque partiste. Só sei que partiste e que a tua ausência dói muito cá dentro.

A tua caminhada chegou ao fim. Uma caminhada repleta de lutas, revoltas e de grandes batalhas, umas vencidas outras perdidas.

Eras uma mulher de verdades, de uma só palavra e de sentimentos puros, que acreditava na honra e na bondade.

Embalaste-me nos teus braços quando eu tinha medo ou chorava por algum motivo, hoje fui eu a abraçar o teu corpo frágil e pequeno e beijei os teu cabelos brancos pela última vez. Abracei-te com força com medo de te perder. E perdi-te para sempre.

Hoje foi o dia da tua partida e eu sinto-me pequenina, dorida, perdida e sentida.

Até sempre MÃE!