quinta-feira, 13 de março de 2008

A perda maior!

A perda de um filho!

Caminhavam as duas, mãe e filha, de mãos dadas, tranquilamente pelo passeio daquela rua concorrida do Bombarral. Iam em alegre cavaqueira, como se a vida fosse só delas e as duas partilhassem segredos que só grandes amigas sabem compartir. Talvez partilhassem promessas de paz e amor! De vidas futuras! Quem sabe!
A filha, uma criança de 5 anos, alegre e activa, sempre pronta para a brincadeira e para mais um carinho a quem lho pedisse. Gostava de dar mais um mimo, mais um beijo, mais um sorriso às pessoas amigas.
Depois de terem feito as comprar, as duas seguiram felizes para mais uns afazeres, que esta vida é de uma constante roda-viva. Depois de resolvidos mais uns assuntos a menina achou que tinha de dar mais um beijinho de despedida aquela senhora de quem ela gostava e voltou para trás. E com isso fez a vida parar! A sua vida! O seu sorriso desapareceu para sempre do seu pequenino rosto.
Ali naquele instante o mundo parou no coração daquela mãe. Gritou, correu, mas o carro que se aproximava, só parou quando colheu o corpo pequenino da sua menina. Seria o fim daquela curta vida, perante o desespero e impotência desta mãe.
E foi o acabar de um sonho, a vida parou ali naquele instante, apesar de tudo fazerem para trazer a menina para os braços da sua mãe, ela partiu e ficou um vazio e uma dor enorme. Uma dor difícil de entender, misto de revolta e inconformismo. A mãe desta menina, não merecia esta dor tão lancinante que neste momento está a sentir! Lutou e fez tudo o que era possível para gerar uma vida e um dia como por milagre ficou grávida. Foram dez longos anos de tratamentos, ilusões e desilusões. Ela conseguiu vencer esta luta, a da vida. A mesma luta que a espera agora para conseguir superar esta perda, a da morte! A sua menina tão desejada parte com apenas 5 anos. Ninguém merece esta dor, ninguém deveria conhecer esta perda. Esta mãe está a sentir o desespero maior que alguém pode sentir. Porquê? Não encontro a resposta.
Não existe uma palavra para classificar a perda de um filho.
A toda a família o meu pesar sincero. Para a minha amiga, a mãe da menina, um abraço de grande amizade e sentimento profundo de respeito neste momento tão difícil. Que Deus os ajude!

13 comentários:

Anónimo disse...

Franky
Deixo uma lágrima.

Beijinho

Jon disse...

Os meus sentimentos a essa família, Franky. :(

Anónimo disse...

Tou sem palavras...

...

Anónimo disse...

acabei de conhecer um outra dor ...
uma perda ...

não sei bem como estou...

Dina disse...

Nenhuma mãe deveria sentir tal dor...nesta situação não há palavras que possam servir de consolo.

Luis Eme disse...

Pois não...

quem tem filhos, sabe que esta deve ser a maior dor do mundo...

é uma ferida que permanece sempre aberta, até partirmos de vez...

abraço Franky

Elvira Carvalho disse...

Amiga, só posso ficar em silêncio pois não há palavras que sirvam de consolo.
Um abraço

Franky disse...

Pra o Observador, Jcachorro, Luís Eme e Dina, um beijinho por estarem presentes quando o momento é doloroso. Obrigada amigos.

Franky disse...

Minha querida amiga Mafy deduzi pelas tuas palavras que a dor da perda também te tinha atingido no teu coração. São para ti as palavras sentidas deste poema de "José António Gonçalves"

Poema para o meu pai

sobre o teu ombro
eis o umbral da porta
a sombra das tuas mãos
enrugadas

desenhei as tuas viagens
nos cadernos escolares
e salvei-te muitas vezes
dos monstros de cinza
que te perseguiam
no breu das águas

perguntava à mãe
porque sempre partias
e ela fazia-me uma festa
no cabelo
e ficava horas a olhar
sozinha o horizonte

numa redacção tive
de explicar o sentimento
a minha opinião de criança
sobre o pai emigrante
e eu pensei logo no vento
do mar das Caraíbas
e no Sol da Aruba
espelhando-se no Curaçau

estavas muito distante
e afinal ali tão perto
no coração de outras ilhas

quis confessar-te um dia
como é bom o amor de um filho
mas só houve silêncio em casa

na rua gritava o teu nome pai
e de ti só dizia maravilhas

Um beijo do tamanho do mundo para ti, minha querida Mafy

Franky disse...

Amiga Elvira
Espero que o seu pai já esteja melhor. Que não tenha passado de um susto e que o Senhor Manuel já tenha recuperado a sua força e genica habitual.
Um beijo, e as melhora.

Anónimo disse...

E HOJE é dia do pai.

Franky disse...

É verdade amigo OBSERVADOR e estas nossas amigas, a Mafy e a Elvira, precisam da nossa amizade, do nosso carinho e do nosso apoio.
Para a Mafy, toda a força do mundo.
Elvira, as melhoras para o seu pai.

Anónimo disse...

Franky, Amiga

Obrigada pelo poema e pelo calor de cada palavra.

Só vos digo ... nunca percam uma oportunidade de dizer ao outro o quanto o Amam.

Bj do tamanho do mundo

AMO-VOS!!!

Mafy