Não me apetece escrever!
Não me apetece fazer nada!
Ficar sentada à beira do abismo!
Ficar ali quieta, ver a paisagem e não pensar em nada nem em ninguém. Apenas o vazio por companhia.
Esquecer-me de quem chora, de quem sofre, de quem chama por mim! De quem ri e de quem já me esquecei.
De quem já me esqueceu.
Ver a vida passar como um filme e não me deter em lugar nenhum.
Sento-me na ombreira da porta, a minha cadela faz-me companhia, olha para mim, compreende a minha apatia, respira fundo e adormece no sabor quente do sol a pensar em nada. Quisera eu ser assim.
Precisava escrever, escrever e não parar de escrever, mas a folha de papel continua em branco.
Tenho a minha alma gelada, indiferente, ausente, perdida em mim. Apetece não fazer nada, para assim não ter que fazer aquilo que tenho medo de fazer!
"Não estou sem palavras, essas sobram-me e são demais para, muitas das vezes exprimir o que sinto e penso. Mas hoje não me apetece escrever… Apenas fazer nada… …"
Já Miguel Torga dizia no seu poema “Bucólico”
A vida é feita de nadas
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas pelo vento;
De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Olhar e ver a poeira no caminho, ao longe, quase nada e esta paz que me embala.
Ficar sentada à beira do abismo!
Ficar ali quieta, ver a paisagem e não pensar em nada nem em ninguém. Apenas o vazio por companhia.
Esquecer-me de quem chora, de quem sofre, de quem chama por mim! De quem ri e de quem já me esquecei.
De quem já me esqueceu.
Ver a vida passar como um filme e não me deter em lugar nenhum.
Sento-me na ombreira da porta, a minha cadela faz-me companhia, olha para mim, compreende a minha apatia, respira fundo e adormece no sabor quente do sol a pensar em nada. Quisera eu ser assim.
Precisava escrever, escrever e não parar de escrever, mas a folha de papel continua em branco.
Tenho a minha alma gelada, indiferente, ausente, perdida em mim. Apetece não fazer nada, para assim não ter que fazer aquilo que tenho medo de fazer!
"Não estou sem palavras, essas sobram-me e são demais para, muitas das vezes exprimir o que sinto e penso. Mas hoje não me apetece escrever… Apenas fazer nada… …"
Já Miguel Torga dizia no seu poema “Bucólico”
A vida é feita de nadas
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas pelo vento;
De casas de moradia
Caídas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Olhar e ver a poeira no caminho, ao longe, quase nada e esta paz que me embala.
2 comentários:
Não tenho capacidade intelectual para comentar estas maravilhas...
Beijinho, Franky.
Por vezes, não escrevendo, temos necessidade de dizer o que pensamos. É como um grito calado. Mas sentido.
Beijinhos
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