segunda-feira, 12 de maio de 2008

Évora

Esta é a Évora que eu vou descobrindo a pouco e pouco.
A cada esquina descubro um novo encanto, uma pedra, uma lápide ou um monumento que me deixa cada vez mais encantada e admirada de tanta beleza e valor, alguns com anos e anos de história, outros que só por si, são a própria História de Portugal.
Évora é um tesouro perdido na planície alentejana. As Igrejas de Évora são "jóias" de valor incalculável. A maior parte dos altares, em talha dourada, são de uma beleza difícil de descrever. Num passeio pelas ruas da cidade de Évora, somos transportados para tempos remotos de Júlio César (59 a.C.), Ebora com o titúlo de Liberalitas (Liberdade), de homenagem a Júpiter, a partir de então cognominada LIBERALITAS JULIA, grande cidade de direito latino, do mais antigo do Lácio. Durante as guerras cesarinas, foi conquistada pelo General Décimo Júnio Bruto, no séc. II a.C.
Município de título jurídico que dependia do convento Emeritense, após a queda do Império Romano decai de importância cultural mas mantém o prestígio económico.
Ali cunharam moeda os Imperadores Júlio César e Octávio Augusto, e os reis godos desde Leovegildo a Egica.
Os Árabes dominaram-na desde (711), data da Batalha de Guadalete, até Novembro de 1165, quando foi definitivamente integrada na monarquia de D. Afonso Henriques, pelo feito temerário de Geraldo Sempavor.Sede primitiva da Ordem Militar de S. Bento de Calatrava (Avis), conhece no ano de 1191 o cerco do príncipe Almohada Iaçub, que retomou todas as praças de guerras cristãs do Alentejo, à excepção de Évora. Na 1ª e 2ª dinastias foi corte da monarquia e é na cidadela que se organiza o exército que destruiu, em conjo com as hostes de Afonso XI de Castela, os muçulumanos na Batalha do Salado em 1340.
Em 1384, durante a regência de D. Leonor Teles, o povo, depois de queimar o castelo hasteou o pendão nacional e aclama o Mestre de Avis D. João, Rei de Portugal.

Durante este período agudo da nacionalidade, foi fronteiro-mor da província o condestável D. Nuno Álvares que dali dirige as campanhas de guerra que conhecem o seu fim nas Batalhas dos Atoleiros e Aljubarrota em 1385. Residência de vários monarcas portugueses durante longos períodos (D. João II, D. Manuel I e D. João III, seu maior esplendor o atingiu no século XVI, quando foi fundada sua Universidade da mão da Companhía-Jesús. Naqueles tempos, corte e cortesanos a enriqueceram e embelezaram, caminho que realizaram da mão, como sempre, da própria igreja. As guerras com Castilla, obrigaram a fortalecer as defesas medievais, construindo-se uma fortificação de tipo abaluartada da que se conservam diferentes lenços e baluartes.

Vale a pena visitar Évora durante pelo menos uma semana, para poder visitar e conhecer todos os monumentos, Igrejas, ruas, arcos, fontes e tesouros, rodeados de todo este Alentejo de beleza sem igual.

Entretanto vamos apreciando esta cidade linda pelas fotos que eu vou tirando à medida que vou descobrindo este tesouro escondido entre pedras milenares.


Sé de Évora

Sé de Évora

Altar da Capela dos ossos

Universitárias de Setúbal, na Praça do Geraldo, no seu melhor

Praça do Geraldo em alegre animação numa manhã quente de Maio

Zona histórica de Évora

Uma rua da zona histórica de Évora

Palácio D. Manuel

Uma rua na zona histórica de Évora

6 comentários:

Anónimo disse...

Nunca está tudo descoberto.
Aproveita e conta-nos coisas dessa bela cidade alentejana.

Beijinhos

Elvira Carvalho disse...

Eu disse-lhe que era uma cidade muito bonita. Tenho imensaa fotos daí e só estive aí dois dias. Imagine você a viver aí o que não vai descobrir.
Um abraço, e parabéns pelas fotos. Quando eu fizer o slide sobre Évora, vou-lhe pedir duas ou três que estão mais bonitas que as minhas. Se não se importar claro.

Luis Eme disse...

é uma cidade linda sim senhor...

abraço do oeste Franky

Franky disse...

Vou tentar, amigo. Mas o tempo, mesmo aqui pelo Alentejo insiste em fazer caretas e a chover como se estivéssemos a voltar para o Inverno. Não dá por enquanto para grandes saídas.
Beijinhos

Franky disse...

Olá Elvira
Lembro-me sim senhora!
Claro que não me importo, quando precisar das fotos use e abuse. Para além destas tenho outras fotos que foram tiradas dentro das Igrejas e que estão muito boas. São suas também, caso precise.

Franky disse...

Olá Luís

Recebido com prazer esse abraço aí do Oeste. Mas se Évora é lindo, Óbidos e Caldas não lhe ficam atrás.
Beijinhos